domingo, 27 de maio de 2018

AVALIAÇÃO NA CRIAÇÃO DO FRANGO PARA MELHORA NA PRODUTIVIDADE

Capítulo 1

Seleção de qualidade de carne e taxa de crescimento

     Este esboço para selecionar características de produção desejáveis em galinhas, foi desenvolvido como parte de um Projeto-piloto americano de criação de raças para recuperar características de produção de aves ameaçadas de extinção. Essas diretrizes são parâmetros bem estabelecidos e desenvolvido por antigos avicultores e pesquisadores, documentado em alguns dos primeiros textos de aves do início do século XX. Este conhecimento tornou-se uma prática cada vez mais comum, até então  desconhecido para os mais modernos criadores de frango, devido a pronta disponibilidade de pintinhos que podem ser comprados de grandes incubadoras.

    As seguintes informações podem ser usadas pelo produtor: identificar aves que se destacarão em características de produção e sejam boas candidatas para manter para o plantel. Tenha em mente que qualquer ave selecionada também deva cumprir os padrões históricos estabelecidos pela raça. Esses padrões históricos foram escritos numa época em que raças de frango estavam sendo usadas para produção comercial dentro de vários sistemas de produção. Entrada de melhores reprodutores de cada raça foram usados ​​para as particularidades de tamanho e outras qualidades que produz a melhor espécime para o papel que cada raça era projetado para cumprir.


     Ao comparar as aves dentro de um lote, elas devem ser da mesma raça, sexo e idade, a fim de obter uma precisão na avaliação das suas qualidades de produção. (É um assunto de comparar “maçãs com maçãs”.) É melhor avaliar várias aves ao tomar decisões de abate ou de reprodução para o rebanho. A primeira ave a ser avaliada serve como o "exemplo de ave" para comparar com a segunda ave. Se a segunda ave tiver melhores qualidades que a primeira, então a segunda ave torna-se o exemplo para comparação - e assim por diante -, vai para o resto da avaliação do lote. Há também valor em usar um FRACO representante da raça para comparação, a fim de avaliar razoavelmente as fracas qualidades de produção e melhor reconhecer qualidades de nível médio ou superior. É ainda sugerido que as frangas sejam avaliadas primeiro, para que a impressão inicial do tamanho da franga não seja influenciada, tendo lidado com os galos naturalmente maiores. Ponha de lado pássaros superiores que são potenciais “guardiões”  até que todo o lote seja avaliado.  Volte para os "guardiões", tenha um segundo ou terceiro olhar para eles, a fim de ser minucioso e tome decisões sensatas que ajudem a garantir a futura qualidade e produtividade do lote.
     Um produtor precisa de muito menos machos do que fêmeas para ser retido em seu plantel. Com isto em mente, uma rigorosa seleção dos machos é um componente importante e soa muito bem para um programa de reprodução. Também deve ser lembrado que o tamanho adulto seja controlado em ambos: galos e galinhas.

Estoque – machos ou fêmeas de tamanho pequeno ou de baixa qualidade não devem ser retidos. Melhor chocar mais pintos de menos galinhas, do que  manter  tamanho inferior de qualidade para aumentar o tamanho do lote. O objetivo, "avaliação" deve ser bastante "crítico" para o sucesso da raça e servir na finalidade para a qual foi projetada.

     Raças de dupla finalidade, como raças americanas: Buckeyes, Delawares, New Hampshires, Plymouth Rocks, e Rhode Island Reds, devem ter uma igual consideração quanto aos indicadores de produção de ovos e quanto a produção de carne.
     Raças poedeiras, como Leghorn, Minorca ou Ancona, devem ter uma atenção mais especial no que se refere principalmente a anatomia de seus corpos,  já que são dedicados à produção de ovos, sendo assim deverão sofrer uma avaliação mais sólida.

Escolhendo uma idade de avaliação

     Será de muita importância  ter uma idade padrão para se avaliar aves jovens em crescimento com indicadores produtivos, isso permitirá um melhor acompanhamento a longo prazo no progresso de aves adultas com qualidade, tais como taxa de crescimento não aparente. 
   Considerando-se a história da raça e propósito de produção podem afetar na decisão de avaliação.  Não se desejaria abater jovens gigantes de Jersey cedo demais, como exemplo, como a raça conhecida tradicionalmente com 26 semanas ou mais para crescer até a idade do mercado para produzir um frango assado muito grande. Um aspecto único desta raça é que alguns indivíduos crescem rapidamente em uma idade relativamente precoce - mas esses indivíduos não atingem o tamanho de  maturidade para o qual a raça é conhecida.
     O trabalho de seleção na produção legítima usado para a raça de galinha Buckeye. Esta raça teve uma história de utilização para a produção de frangos de corte e não para outras raças americanas, como Plymouth Rock ou Rhode Island Red. Por meio de experimento, decidiu-se avaliar as aves jovens com 8 semanas e novamente com 16 semanas de idade. Curiosamente, todas as aves identificadas pelo sexo com 8 semanas e com boa qualidade foram reavaliadas com 16 semanas também com excelentes qualidades. Essas duas idades são boas medidas e recomendadas para a maioria das raças americanas. Não obstante, cada raça ditará a sua data mais apropriada  para uma melhor avaliação de crescimento.



A maneira correta de segurar uma galinha: Com o peito descansando na palma da sua mão, deslize uma perna entre o polegar e dedo indicador, e a outra perna entre o dedo indicador e dedo do meio. Incline o pássaro com a frente levemente para baixo e permanecerá calmo.





Ao usar a avaliação prática, é útil lembrar que sob essas penas é uma galinha para comer o frango vivo deve ter carne em seus ossos ou não vai seja bom quando processado. Este frango tinha um corpo largo e uma área grande da coxa.


Avaliação entre 8 e 16 semanas de idade

1. Largura de crânio - Um crânio largo em uma galinha é um forte indicador de bom potencial de crescimento. Se as aves não podem ser fisicamente examinadas, muitas vezes, julgando visualmente a largura do crânio pode ser um indicador confiável de aves jovens com bom potencial de crescimento.
     Se o crânio é estreito, então o resto do pássaro será estreito. Como regra geral, caixa craniana de média a grande indica que será uma boa ave para postura, e crânios grandes para extra-grande são aves melhores para a produção de carne.



Em ambas as fotos, a ave da direita tem um crânio largo e a da esquerda um crânio estreito. Um crânio largo é um bom indicador de uma boa carcaça e uma boa taxa de crescimento.


2. Circunferência do coração - Um bom diâmetro de coração é um indicador de que há espaço suficiente para os órgãos internos serem bons no tamanho, maximizando o potencial de crescimento e desenvolvimento da ave. É preciso ter cuidado para garantir que a circunferência seja precisamente
avaliada. Muitas vezes, se as pernas da ave são levadas para a frente durante a avaliação, a circunferência pode parecer maior do que realmente é. Para uma avaliação mais precisa, as pernas do pássaro devem apontar para a parte traseira do corpo e coloque os dedos em cada lado das costelas, logo atrás, onde as asas se ligam ao corpo das aves.


Medindo a circunferência do coração em aves vivas.



A circunferência do coração é importante, 
pois proporciona espaço para o coração e os pulmões.


3. Parte traseira plana, comprimento e largura - Uma parte traseira plana faz uma carcaça mais atraente em uma ave na nossa mesa. Um bom comprimento e largura contribuem também para uma boa qualidade. Costas lisas são um indicador de bom desenvolvimento dos ossos em uma ave. A parte traseira deve ser larga e acompanhando todo o seu comprimento. Comprimento generoso e boa largura das costas são indicadores de longevidade, vigor e fornecem ampla capacidade para ovos e órgãos digestivos. Aves com as costas estreitas e afiladas não têm capacidade para uma produção satisfatória de ovos.


Dorso plano e nivelado



Um dorso plano apresenta 
uma carcaça mais apresentável

             


         

   

                       
     

LINHAGENS INGLESAS (6) - Cornish, Orpington, Australorp, Sussex, Dorking e Red Cap


     Galinha Cornish é originária do condado da Cornualha, na Inglaterra. Ela foi desenvolvida por Walter Gilbert por volta do ano de 1820. Tanto a Cornish quanto os cruzamentos feitos a partir dela são as raças mais utilizadas na indústria do frango de corte. Ela é uma raça que possui pés menores, mas com um grande e musculoso corpo, especialmente no peito e coxa. Chegam a pesar entre 2,5 quilos a 3,8 quilos. Além da cor mais comum, que é a branca, existem variedades pretas, brancas com vermelho e azuis. Podem produzir de 80 a 100 ovos por ano, de cor marrom, porém esse nem de longe é o foco de sua criação.


Características da galinha Cornish


     A grande maioria da carne de frango vendida nos supermercados dos EUA são fruto do cruzamento entre a galinha Cornish e Plymouth Rock. Essa variedade foi desenvolvida com a finalidade de crescerem rapidamente, tendo um ótimo aproveitamento da carcaça. Isso faz com que não sejam muito utilizadas como animais de estimação, decorando fazendas por exemplo. Muitos chamam a Cornish de “Bulldog das galinhas”. Isso se deve ao formato atarracado, sendo possível ver a famosa forma de frango assado.
     Como falamos, a Cornish tem um grande e musculoso corpo, com pernas bem separadas. Os galos Cornish costumam ser temperamentais, tornando-se agressivos. Outra caracteristica interessante é que os pintinhos tendem a atacar uns aos outros com muito mais frequência que as demais galinhas.

A galinha Cornish é boa para chocar?

     As fêmeas são excelentes mães, porém não costuma ser boas chocadeiras, isso por conta das suas penas, que são curtas e bem assentadas ao corpo. Isso deixa algumas falhas, ficando a ave com áreas descobertas. A fertilidade não é um ponto forte, e algumas variedades precisarão ser inseminas artificialmente. Elas também irão precisar de um bom espaço para andar e se exercitar, evitando assim problemas futuros, especialmente nas pernas.
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ORPINGTON
     A Orpington é uma raça de galinha nomeada em referência a Orpington, Inglaterra, que ficou famosa em parte por esta raça. Pertencentes à classe de frangos ingleses, foi criada para produzir excelente carne de qualidade. O seu grande tamanho e aparência macia junto com suas cores ricas e contornos suaves tornam-a muito atraente, e como tal a sua popularidade tem crescido como uma ave de exposição ao invés de uma raça de utilidade. Sendo um pouco pesadas, são capazes de voar distâncias pequenas e raramente o fazem, assim que funcionam bem como aves de quintal. Existe nas variedades preta, branca, amarela e azul. Apresentam crista serra, pele branca e ovos de casca marrom.
     Peso Macho (4,2 Kg), Peso Fêmea (2,9 Kg), cerca de 180 ovos/ano, peso médio do ovo 55 g , cor dos ovos – castanho e marrom claro.

                         


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AUSTRALORP

     Galinha Australorp é originária da Austrália. Ela foi desenvolvida através do cruzamento de galinhas da raça Orpington de cor preta, que foram importados da Inglaterra. O foco do seu desenvolvimento foi na produção de ovos, sem contudo sacrificar muito seu tamanho e a qualidade da carne. Essa raça conseguiu alguns resultados espetaculares na Austrália. Uma galinha conseguiu estabelecer um recorde absurdo, ao fazer a postura de 364 ovos em 365 dias. Elas se tornaram uma das melhores e mais populares raças grande de galinhas poedeiras. Seus ovos são marrons claros. Essas qualidades, aliadas ao temperamento calmo, fizeram com que ela se tornasse a galinha favorita da Austrália.


Características da galinha Australorp

     A Australorp de cor preta é a mais comum e popular de ser encontrada, porém ela também possui penas na variedade azul. Suas penas quando estão no sol ficam com alguns toques sutis de cores vibrantes, tais como o roxo e o verde. A crista é de uma cor vermelha brilhante e são bem grandes, levando em consideração o tamanho da cabeça do animal.
     São aves grandes, com adultos pesando entre 3 a 4 quilos. As frangas costumam estar prontas para a reprodução com 5 a 6 meses de idade. Eles são quietos, calmos e se dão muito bem quando criados em confinamento. Podem viver aproximadamente de 6 a 10 anos. Também são criadas como aves de decoração e/ou estimação.

Elas não são boas para chocar

     Algumas galinhas podem ficar chocas e incubar seus ovos, porém elas não são muito confiáveis para este fim. Caso você tenha uma fêmea que choque bem, tenha certeza que ela será uma boa mãe e irá cuidar bem dos filhotes. Mas se este não for o seu caso, utilize uma chocadeira ou uma outra galinha para poder ter filhotes. Apesar do recorde de postura, essa raça irá produzir em média de 250 a 300 ovos grandes, de cor marrom claro, a cada ano, o que é uma grande produção!

Cuidados com a galinha Australorp

     Por serem uma raça grande e pesada, não são boas em voar, por isso não é tão necessário que se tenha grandes cuidados com fugas. Elas também não possuem doenças específicas que atacam com força a raça. As vacinas e vermifugações comuns a qualquer galinha serão suficientes para ela. Por fim, a Australorp é uma galinha bem robusta e forte, conseguindo se adaptar muito bem a várias condições climáticas, seja muito frio ou quente. Aproveite para ver outras raças de galinhas.




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SUSSEX

    Galinha Sussex originou-se no condado de Sussex, na Inglaterra. Ela é uma das raças mais antigas do mundo que ainda é criada. Eles foram uma das raças de galinha de corte mais reproduzidas durante anos. Acabaram perdendo um pouco de espaço com o surgimento das variedades oriundas da Galinha Cornish. As cores originais eram o marrom, vermelho e o manchado. A Sussex ainda hoje é uma raça de galinha bastante popular. Elas foram criadas para se tornarem uma galinha de dupla finalidade, tornando-se uma das raças mais produtivas atualmente. Ela irá colocar cerca de 200 ovos grandes, que são de cor creme a castanho claro, por ano.

Características da Galinha Sussex


     Elas são animais que estão sempre alertas, porém tem temperamento dócil. Elas conseguem se adaptar a qualquer lugar com certa facilidade. Eles são boas forrageiras, ou seja, gostam de espaços abertos para poder ciscar. Também conseguirão ficar bem se forem mantidos em um espaço mais confinado. A Galinha Sussex pode, ocasionalmente, mas não muito frequentemente ficar choca, por isso é importante ter uma incubadora ou outra espécie para poder chocar os ovos.
     A Sussex continua sendo uma ótima ave de corte, com os galos passando dos 4,2 quilos e as galinhas com cerca de 3,2 quilos. Elas possuem um corpo profundo e retangular. Elas possuem a pele branca, sinal que não é muito atrativo em vários países, como no Brasil. O bico é esbranquiçado, e os pés são de um tom branco rosado. A crista e os lóbulos das orelhas são vermelho brilhante. Elas são fáceis de criar, uma vez que resistem bem a baixas temperaturas e também a doenças, porém, como qualquer outra galinha, será necessário ter um bom galinheiro, seco e protegido, para que possam pernoitar. 



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DORKING

     A raça de galinha Dorking é originária da Inglaterra, destinada principalmente ao abate, devido à sua carne saborosíssima. Entretanto, produz uma razoável quantidade de ovos brancos. Os galos podem chegar aos 4,5 kg e as galinhas, aos 3,5 kg. Como principais características fisiológicas, a raça de galinha Dorking pode apresentar a crista serrilhada, lisa e tombada, ou ainda dupla. Possui o bico negro e amarelo e a plumagem nas variedades branca, cinza, prata e vermelha.


     A Dorking possui duas características distintas e incomuns, com 1 dedo extra posterior e pernas bem curtas. Uma ave bem calma e dócil, possui lóbulos vermelhos nas orelhas.







sábado, 26 de maio de 2018

VACINAS E VACINAÇÕES

Programas de vacinação são específicos para cada situação epidemiológica. Devem responder à gravidade dos desafios e atender às normas vigentes do Serviço Oficial de Sanidade Animal do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), nas diferentes regiões do país. Para que seja eficaz deve ser complementada por medidas de biosseguridade e ser realizada com os devidos cuidados.


Doenças previnidas por vacinação

As principais enfermidades de frangos de corte, passíveis de serem prevenidas por meio da vacinação são:
  • Doença de Marek.
  • Doença de Gumboro.
  • Varíola aviária.
  • Bronquite infecciosa das galinhas.
  • Doença de Newcastle.
  • Coccidiose.


Cuidados na vacinação

A vacinação incorreta ou inadequada pode ser tão prejudicial quanto não vacinar. Para que seja realizada com sucesso, é necessário atender os seguintes cuidados: 
  • Planejar a vacinação com antecedência e seguir corretamente o cronograma de vacinação estabelecido pelo médico veterinário.
  • Transportar as vacinas sob refrigeração em caixa de isopor com gelo, às temperaturas entre 2 e 8ºC, qualquer que seja a distância a ser percorrida.
  • Observar o prazo de validade das vacinas, manejá-las corretamente quanto à diluição, à via de aplicação e conservação. Conservá-las ao abrigo da luz e calor, atendendo as prescrições do fabricante quanto às temperaturas de conservação, que podem ser sob refrigeração entre 2 e 8ºC ou congelada como no caso da vacina contra a doença de Marek.
  • Vacinar somente aves sãs e evitar estressá-las excessivamente.
  • As vacinas devem ser preparadas exclusivamente no momento de seu uso e serem administradas até duas horas após terem sido reconstituídas. Não armazenar a vacina após o frasco ter sido aberto.
  • Após a vacinação, proceder à destruição e incineração dos frascos e qualquer conteúdo não utilizado.
  • No caso de quebra do frasco de vacina viva, desinfetar imediatamente o local e depositar os detritos em local apropriado.
  • Todo e qualquer medicamento, inclusive as vacinas, deve ser mantido fora do alcance de crianças e animais domésticos.
  • Todos os aviários devem ter uma ficha de acompanhamento técnico do lote em que constem informações sobre as vacinações.
A escolha da via de administração da vacina requer conhecimento quanto à patogenicidade do agente. Sabe-se que os vírus possuem “sítios” preferenciais de localização e multiplicação. A vacinação contra enfermidades que cursam com problemas respiratórios como a bronquite infecciosa das aves, por exemplo, apresenta melhor resposta quando administrada por inalação, por estimular a proteção local, tendo a glândula de Harder importância fundamental sobre a resposta vacinal feita por essa via. Todos os métodos possuem vantagens e desvantagens. De maneira geral, as vacinações individuais proporcionam melhor proteção, porém envolvem maior mão de obra. A vacinação massal é mais prática, no entanto, pode fornecer proteção menos uniforme devido às falhas na administração da vacina. 

Principais vias de administração de vacinas

Massal
Via oral
Veiculada na água de bebida e por ingestão de alimentos.

Nebulização (aspersão)
É um método rápido de vacinação, utilizado principalmente no controle de doenças respiratórias, por estimular a imunidade local, especialmente as vias nasal, oral e a conjuntiva ocular. Deve ser feita com aspersores usados exclusivamente para esse fim, adequadamente calibrados.


Individual
Vias ocular e nasal
Este sistema é bastante confiável, porém exige grande manipulação das aves, o que constitui fator de estresse. Pode ser associado às demais práticas de manejo, tais como debicagem, pesagem, seleção e transferência.



Membrana da asa
Utilizada para imunização contra enfermidades como a contra cólera aviária e varíola aviária também chamada de bouba. Esse método consiste na perfuração da membrana da asa, feita com o estilete específico que acompanha o frasco da vacina, previamente embebido na vacina.



lnjetável  (Subcutânea e intramuscular)
A aplicação causa solução de continuidade na pele da ave, o que determina que todo o material a ser utilizado na aplicação seja previamente desinfetado, mantendo-se cuidados de higiene durante toda a aplicação. A vacina deve ser aplicada após atingir a temperatura ambiente (Figura 3).


A manutenção da saúde de um plantel é um trabalho árduo, que demanda cuidados durante todo o ciclo de produção. A vacinação das aves é uma importante estratégia para reduzir os riscos de infecção na criação, desde que realizada com os devidos cuidados.







domingo, 29 de abril de 2018

LINHAGENS AMERICANAS


 Galinha Rhode Island Red
     A Galinha Rhode Island Red, conhecida no Brasil como galinha vermelha ou simplesmente rode ou rodia. Elas são excelentes poedeiras, tem uma carne muito valorizada, são rústicas e resistentes a diversas doenças e também ao clima. Isso fez com que elas sejam muito indicadas para diversos criadores. O galo Rhode Island Red normalmente é agressivo com outros machos, especialmente se estiverem confinados em locais muito pequenos ou se tiver um excesso de machos no local. No entanto eles tendem a ser muito mansos com os seres humanos. Como o nome diz, a raça surgiu em Rhode Island, nos EUA, sendo criada para ser uma verdadeira máquina de postura de ovos, botando mais de 250 ovos por ano, de cor marrom.

Características da galinha Rhode Island Red
     O Rhode Island Red possui um corpo retangular e um peito bem arredondado. Sua cauda, ​​porém, é muito curta em comparação com seu corpo e é ligeiramente levantada. As cristas são vermelhas ou rosadas, podendo ter formato de ervilha ou simples. A barbela é média e elas possuem grandes orelhas vermelhas.

Seus olhos, também vermelhos, podendo ser bem grandes. A sua coloração de penas mais conhecida é o vermelho, embora também sejam encontrados na variedade branca. A raça precisa de um certo espaço para correr ou se exercitar, caso contrário ficarão agressivas rapidamente. Tendo um piquete próprio, eles irão vaguear e forragear por conta própria.

Finalidade da criação de galinhas Rhode Island Red
Esta raça é muito utilizada em cruzamentos que visam criar raças comerciais hibridas para a postura de ovos. Eles foram desenvolvidos para serem uma galinha de dupla utilização, porém a vocação para a postura acabou superando e muito a utilização exclusiva para a carne. No Brasil a raça é muito conhecida devida a preferência nacional por ovos marrons, já nos EUA, a raça Legorne é mais utilizada, já que eles preferem ovos com a casca branca. Aproveite para ver outras raças de galinhas.

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Galinha New Hampshire
     A Galinha New Hampshire é originária dos Estados Unidos. Ela ganhou seu nome devido ao estado de origem, que é justamente New Hampshire. Os criadores de galinha começaram a desenvolver esta variedade utilizando-se de exemplares da raça Rhode Island Red. Foram realizadas sucessivas reproduções seletivas, intensificando assim as características interessantes, como maturidade precoce, as características das penas e a produção de grandes ovos marrons.


Características da galinha New Hampshire
     As galinhas adultas possuem penas de cor castanho avermelhado. Elas são um pouco mais claras que as Rhode Island Reds. A New Hampshire possui dupla finalidade. Ela pode ser criada para a produção de carne e também para a produção de ovos. Ela é uma raça relativamente nova, sendo que seu padrão foi registrado em 1935. Comparada com a galinha Rhode Island, a New Hampshire irá produzir mais carne e menos ovos.
Elas possuem um corpo grande e largo, as penas crescem muito rapidamente e gostam de chocar os ovos, sendo boas mães. As aves possuem penas avermelhadas, com crista média/grande. Geralmente são criados para a produção de carne, porém são considerados produtores modestos de ovos, conseguindo fazer a postura de cerca de 150 a 200 ovos ao ano, que são de uma cor marrom escuro.
É possível encontrar as galinhas em tamanho normal, onde machos chegam até a 4 quilos e as fêmeas cerca de 3 quilos, como também na variedade “garnizé”. A New Hampshire poderá ser bem competitiva e até mesmo agressiva com outras galinhas. As fêmeas começam a botar com cerca de 5 meses de vida, e aos 2 anos a produção tende a cair. Para o abate costuma esperar cerca de 4 meses.

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Galinha Plymouth Rock
     A Galinha Plymouth Rock é uma raça originária dos Estados Unidos. Ela é dócil, amigável e versátil para o seu quintal. Pode ser uma boa galinha poedeira, tem uma carne muito saborosa e também poderá ser utilizada para enfeitar a sua propriedade. Esta galinha pode viver de 6 a 8 anos. Existem exemplares conhecidos que chegaram até os 12 anos de idade. Como falamos, elas são consideradas como uma galinha de duplo propósito, ou seja, podem tanto ser criadas para a produção de ovos de cor marrom e como também para a carne. Outra característica é que ela é amplamente conhecida e criada ao redor do mundo, sendo facilmente encontrada.



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GALINHA WYANDOTTE
     Galinha de raça desenvolvida nos Estados Unidos entre o final do século XIX e início do século XX, sendo resultado de cruzamentos entre as raças Sebright, Cochin, Brahma e Spangled Hamburg, entre outras.
A American Poultry Association reconhece as variedades Silver Laced, Golden Laced, White, Black, Buff, Columbian, Partridge e Silver Penciled, Outras variedades encontradas incluem ainda White Laced Yellow, Blue Laced Gold, Blue, Blue Laced, Buff Laced, Red, Barred, White Mottled Black, Buff Columbian, White Columbian, Blue Columbian, Blue Partridge, Red Partridge, e White Partridge. No Brasil, a variedade Silver Laced (Prata Laceado) é a mais encontrada, sendo uma ave de rara beleza.
De médio porte, os machos adultos chegam a pesar 4,2 Kg e as fêmeas 3,2 Kg. Possuem crista tipo roseta (rose comb) e pele amarela. São excelentes para pequenas criações, vivendo bem mesmo mantidas sob rústicas condições.
Aves de dupla aptidão (produção de carne e ovos), atingem a maturidade rapidamente e sua carne é de excelente qualidade. Produzem por ano até 240 ovos de cor marrom a marrom claro e de bom tamanho (55 a 60 g em média)






RAÇAS, CRUZAMENTOS E TIPOS INDUSTRIAIS

  É importante ressaltar que a galinha caipira tradicional, aquela que não apresenta raça definida é uma má produtora de carne e não põe mais que 70 ovos por ano. Suas características produtivas não foram selecionadas e acaba sendo muito menos lucrativa do que as galinhas industriais. Por essa razão ao se criar tais galinhas, recomenda-se a introdução de galos de raça pura para aumentar a produção do plantel. 
    Atendendo a essa nova tendência no mercado de consumir produtos mais naturais, a criação de galinhas mais produtivas em sistema caipira vem despertando o interesse de muitos criadores. As criações no sistema caipira podem ser realizadas com aves de diversas origens, onde o criador poderá optar em criar aves de raças puras, cruzamentos entre raças puras, cruzamentos de galos de raça pura com galinhas caipiras propriamente ditas (sem raça definida) ou podendo perfeitamente utilizar as aves industriais que apresentam alta produção. Somando-se, dessa forma, os melhores índices de produção das aves com as desejáveis características dos produtos caipiras. É importante ressaltar que em todos os casos deve-se evitar a criação de aves com plumagem exclusivamente branca, para não serem confundidas com a cor da ave industrial. As cascas dos ovos não devem ser de cor branca pelo mesmo motivo. Uma questão a ser analisada por ocasião da escolha do tipo de ave a ser criada é a forma de reposição das aves.
Considerando-se as vendas, abates ou consumo da propriedade, sempre deverá haver aves suficientes para atender a necessidade da criação.
    Ao se trabalhar com raças puras tem-se a opção de chocar os seus próprios ovos, sendo a reposição no plantel praticamente natural, atentando somente para a substituição do reprodutor quando necessário. O novo galo deverá ser de mesma raça, porém de outra criação para evitar a queda na produção do plantel. Se o criador optar por cruzamento entre raças puras, deverá manter obrigatoriamente dois grupos de aves de raças puras diferentes, que serão a base do cruzamento. As aves cruzadas (descendentes do primeiro cruzamento) não servirão para reprodução, pois darão origem a aves menos produtivas. E finalmente, há a opção de se criar as aves de linhagens industriais. Nesse caso a reposição será feita pela aquisição freqüente de pintos de um dia, eliminando-se dessa forma a fase de reprodução no plantel.